terça-feira, 19 de novembro de 2013

A música e o desenvolvimento social da criança


A música também traz efeitos muito significativos no campo da maturação social da criança. É por meio do repertório musical que nos iniciamos como membros de determinado grupo social. Por exemplo: os acalantos ouvidos por um bebê no Brasil não são os mesmos ouvidos por um bebê nascido na Islândia; da mesma forma, as brincadeiras, as adivinhas, as canções, as parlendas que dizem respeito à nossa realidade nos inserem na nossa cultura.

Além disso, a música também é importante do ponto de vista da maturação individual, isto é, do aprendizado das regras sociais por parte da criança. Quando uma criança brinca de roda, por exemplo, ela tem a oportunidade de vivenciar, de forma lúdica, situações de perda, de escolha, de decepção, de dúvida, de afirmação. Fanny Abramovich, em memorável artigo, afirma:

Ò ciranda –cirandinha, vamos todos cirandar, uma volta, meia volta, volta e meia vamos dar, quem não se lembra de quando era pequenino, de ter dados as mãos pra muitas outras crianças, ter formado uma imensa roda e ter brincado, cantado e dançado por horas? Quem pode esquecer a hora do recreio na escola, do chamado da turma da rua ou do prédio, pra cantarolar a Teresinha de Jesus, aquela que de uma queda foi ao chão e que acudiram três cavalheiros, todos eles com chapéu na mão? E a briga pra saber quem seria o pai, o irmão e o terceiro, aquele pra quem a disputada e amada Teresinha daria, afinal, a sua mão? E aquela emoção gostosa, aquele arrepio que dava em todos, quando no centro da roda, a menina cantava: “sozinha eu não fico, nem hei de ficar, porque quero o ...(Sérgio? Paulo? Fernando? Alfredo?) para ser meu par”. E aí, apontando o eleito, ele vinha ao meio pra dançar junto com aquela que o havia escolhido... Quanta declaração de amor, quanto ciuminho, quanta inveja, passava na cabeça de todos.


Essas cantigas e muitas outras que nos foram transmitidas oralmente, através de inúmeras gerações, são formas inteligentes que a sabedoria humana inventou para nos prepararmos para a vida adulta. Tratam de temas tão complexos e belos, falam de amor, de disputa, de trabalho, de tristezas e de tudo que a criança enfrentará no futuro, queiram seus pais ou não. São experiências de vida que nem o mais sofisticado brinquedo eletrônico pode proporcionar.

Mais tarde, já às voltas com as dores e as delícias do adolescer, ainda uma vez a música tem papel de destaque. Sem sombra de dúvida, a música é uma das formas de comunicação mais presente na vida dos jovens. Inúmeras vezes, é por meio da canção que temáticas importantes na inserção social desse jovem, não mais como criança, mas agora como preparação para a vida adulta, lhe são apresentadas. Como exemplo, temos os videoclipes que apresentam a jovens de classe média a dura realidade do racismo, da vida nas periferias urbanas e que podem ser utilizados por pais e educadores como forma de estabelecer um diálogo, uma porta para a construção da consciência cívica.

À guisa de conclusão, faremos agora uma breve reflexão sobre como podem os pais e adultos que se incumbem da educação de crianças agir em relação à sua formação musical. Comecemos, portanto, do útero. Como já foi dito, fetos reagem a estímulos sonoros externos e, portanto, deve ser benéfico que a mãe possa, ela mesma, desenvolver atividades musicais. Se você teve a oportunidade de aprender um instrumento musical, pratique-o muito durante a gravidez. Caso não seja esse o seu caso, cante bastante, pois esse instrumento – a voz – está bem aí ao seu alcance: utilize-o, entre para um coral, aprenda cantigas de ninar, cante no banheiro!

Além de cantar, ouça também boa música. Aproveite esse período para ficar a par de boas produções musicais para criança. Muitos pais reclamam, com razão, do lixo musical que infesta os grandes meios de comunicação. Contudo, há um razoável número de CDs de boa qualidade, voltado para o público infantil, como por exemplo, toda a obra de Bia Bedran, a Coleção Palavra Cantada, entre outros. Vale a pena buscar aqueles discos de vinil que fizeram sua alegria quando pequena (Saltimbancos, Arca de Noé, Coleção Disquinho), pois a maior parte deles já se encontra remasterizada para CD. Se você se dispuser a formar um pequeno acervo, não se preocupe com o lixo que seu filho ouvirá lá fora: oferecendo outras alternativas, dentro de casa, certamente ele terá meios para uma escolha mais crítica.

Mais tarde, depois do nascimento, faça dos momentos junto ao bebê momentos de puro prazer: cante enquanto lhe dá banho, faça brincadeiras ritmadas na troca de fralda, toque seu corpo ao ritmo da canção. E, principalmente, não abra mão das cantigas de ninar. Esqueça a conversa de que isso “põe a criança mimada”: atualmente, pediatras são unânimes em estimular esse contato. Lembre-se: criança quieta, que dorme sozinha, que não reclama companhia, nem sempre é sinônimo de criança feliz. Muitas vezes, o bebê super independente de agora, poderá vir a ser o adulto carente de amanhã.

Caso você sinta necessidade, procure serviços especializados na musicalização de bebês. Busque informações sobre os profissionais envolvidos, assista a algumas aulas, certifique-se do tipo de trabalho desenvolvido. Mas lembre-se: não busque por aceleração de aprendizagem, pela formação precoce de virtuoses. Tenha em foco apenas a possibilidade de momentos prazerosos e estimulantes para seu bebê. Todo o resto, que poderá vir a acontecer ou não, será lucro.

Mais tarde, por volta dos quatro, cinco anos, é comum os pais se perguntarem se não estará na hora de aprender um instrumento. É importante saber que o processo de musicalização deve anteceder o aprendizado de um instrumento específico. Em geral, as boas escolas de música desenvolvem um trabalho anterior, de vivência e sensibilização musical, para depois, quando a criança já se encontra alfabetizada, iniciar as aulas de instrumento e de leitura musical. Se esse for o seu interesse, vá em frente; caso não o seja, insista para que na escola de seu filho a música tenha espaço no currículo. Esse espaço não significa necessariamente uma aula específica de música: no caso da educação infantil, essa fragmentação do trabalho pedagógico nem é a mais indicada pelas tendências educativas mais sólidas. Esse espaço pode ser concretizado mesmo nas atividades de rotina, no repertório utilizado, nas brincadeiras musicais, na freqüência a eventos promovidos pela escola. Por outro lado, a presença de um professor especialista, um licenciado em música, pode potencializar um trabalho de qualidade, na parceria com os demais educadores: o importante é que esse trabalho não seja artificial, isolado do projeto pedagógico como um todo.

Por fim, dois lembretes: 1) todas essas atividades e preocupações, desde os embalos para ninar até a verificação do trabalho musical da escola são da responsabilidade de mães e pais, sem exceção; 2) não descuide do repertório. Isso pode parecer difícil, mas tente utilizar a mesma tática da boa alimentação: um fast food, de vez em quando, não faz mal a ninguém, desde que a nutrição básica seja feita por meio de uma dieta balanceada, rica em verduras, frutas, cereais e proteínas. Da mesma forma, os malefícios de se ouvir música descartável na TV podem ser minimizados se, em casa, você “nutrir” os ouvidos e cérebros de seus filhos com música rica, estimulante e de boa qualidade.

Autora

1 Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo – USP. Profª. Adjunta da Faculdade de Educação da UFG.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A música e o desenvolvimento afetivo


Um outro campo de desenvolvimento é o que lida com a afetividade humana. Muitas vezes menosprezado por nossa sociedade tecnicista, é nele que os efeitos da prática musical se mostram mais claros, independendo de pesquisas e experimentos. Todos nós que lidamos com crianças percebemos isso. O que tem mudado é que agora estes efeitos têm sido estudados cientificamente também.

Em pesquisa realizada na Universidade de Toronto, Sandra Trehub (apud CAVALCANTE, 2004) comprovou algo que muitos pais e educadores já imaginavam: os bebês tendem a permanecer mais calmos quando expostos a uma melodia serena e, dependendo da aceleração do andamento da música, ficam mais alertas.

Nossas avós também já sabiam que colocar um bebê do lado esquerdo, junto ao peito, o deixa mais calmo. A explicação científica é que nessa posição ele sente as batidas do coração de quem o está segurando, o que remete ao que ele ouvia ainda no útero, isto é, o coração da mãe. Além disso, a eficácia das canções de ninar é prova de que música e afeto se unem em uma mágica alquimia para a criança. Muitas vezes, mesmo já adultos, nossas melhores lembranças de situação de acolhimento e carinho dizem respeito às nossas memórias musicais. Já presenciamos vivências em grupos de professores que, a princípio, não apresentavam memórias de sua primeira infância. Ao ouvirem certos acalantos, contudo, emocionaram-se e passaram a relatar situações acontecidas há muito tempo, depois confirmadas por suas mães.

Por todas essas razões, a linguagem musical tem sido apontada como uma das áreas de conhecimentos mais importantes a serem trabalhadas na Educação Infantil, ao lado da linguagem oral e escrita, do movimento, das artes visuais, da matemática e das ciências humanas e naturais. Em países com mais tradição que o Brasil no campo da educação da criança pequena, a música recebe destaque nos currículos, como é o caso do Japão e dos países nórdicos. Nesses países, o educador tem, na sua graduação profissional, um espaço considerável dedicado à sua formação musical, inclusive com a prática de um instrumento, além do aprendizado de um grande número de canções. Este é, por sinal, um grande entrave para nós: o espaço destinado à música em grande parte dos currículos de formação de professores é ainda incipiente, quando existe. É preciso investir significativamente na formação estética (e musical, particularmente) de nossos professores, se realmente quisermos obter melhores resultados na educação básica.

Ainda abordando os efeitos da música no campo afetivo, estudos recentes ampliam ainda mais nosso conhecimento a respeito. Zatorre, da Universidade de McGill (Canadá) e Blood, do Massachusetts General Hospital (EUA), desenvolveram uma pesquisa que buscou analisar os efeitos no cérebro de pessoas que ouviam músicas, as quais segundo as mesmas lhes causavam profunda emoção. Verificou-se que ao ouvir estas músicas, as pessoas acionaram exatamente as mesmas partes do cérebro que têm relação com estados de euforia. Segundo esses autores, isso confere à música uma grande relevância biológica, relacionando-a aos circuitos cerebrais ligados ao prazer (2001).

Há também inúmeras experiências na área de saúde, trabalhos em hospitais que utilizam a música como elemento fundamental para o controle da ansiedade dos pacientes. A origem deste trabalho remonta à 2a. Guerra Mundial, quando músicos foram contratados para auxiliar na recuperação de veteranos de guerra por hospitais norte-americanos. Pode-se afirmar que esse foi um grande impulso para a área de musicoterapia, hoje com reconhecimento acadêmico consolidado. É cada vez mais comum a presença da música nestes locais, seja para diminuir a sensação de dor em pacientes depois de uma cirurgia, junto a mulheres em trabalho de parto (para estimular as contrações) ou na estimulação de pacientes com dano cerebral. Nesse sentido, não é exagero afirmar que os efeitos da música sobre os sentimentos humanos estão, cada vez mais, migrando da sabedoria popular para o reconhecimento científico.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A música e o desenvolvimento cognitivo da criança

Inúmeras pesquisas, desenvolvidas em diferentes países e em diferentes épocas, particularmente nas décadas finais do século XX, confirmam que a influência da música no desenvolvimento da criança é incontestável. Algumas delas demonstraram que o bebê, ainda no útero materno, desenvolve reações a estímulos sonoros.

Schlaug, da Escola de Medicina de Harvard (EUA), e Gaser, da Universidade de Jena (Alemanha), revelaram que, ao comparar cérebros de músicos e não músicos, os do primeiro grupo apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor (apud SHARON, 2000). Segundo esses autores, tocar um instrumento exige muito da audição e da motricidade fina das pessoas. O que estes autores perceberam, e vem ao encontro de muitos outros estudos e experimentos, é que a prática musical faz com que o cérebro funcione “em rede”: o indivíduo, ao ler determinado sinal na partitura, necessita passar essa informação (visual) ao cérebro; este, por sua vez, transmitirá à mão o movimento necessário (tato); ao final disso, o ouvido acusará se o movimento feito foi o correto (audição). Além disso, os instrumentistas apresentam muito mais coordenação na mão não dominante do que pessoas comuns. Segundo Gaser, o efeito do treinamento musical no cérebro é semelhante ao da prática de um esporte nos músculos. Será por isso que Platão já afirmava, há tantos séculos, que a música é a ginástica da alma?

Outros estudos apontam também que, mesmo se o contato com a música for feito por apreciação, isto é, não tocando um instrumento, mas simplesmente ouvindo com atenção e propriedade (percebendo as nuances, entendendo a forma da composição), os estímulos cerebrais também são bastante intensos.

Ao mesmo tempo que a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela, por seu caráter relaxante, pode estimular a absorção de informações, isto é, a aprendizagem. Losavov, cientista búlgaro, desenvolveu uma pesquisa na qual observou grupos de crianças em situação de aprendizagem, e a um deles foi oferecida música clássica, em andamento lento, enquanto estavam tendo aulas. O resultado foi uma grande diferença, favorável ao grupo que ouviu música. A explicação do pesquisador é que ouvindo música clássica, lenta, a pessoa passa do nível alfa (alerta) para o nível beta (relaxados, mas atentos); baixando a ciclagem cerebral, aumentam as atividades dos neurônios e as sinapses tornam-se mais rápidas, facilitando a concentração e a aprendizagem (apud OSTRANDER e SCHOEDER, 1978).
Outra linha de estudos aponta a proximidade entre a música e o raciocínio lógico-matemático. Segundo Schaw, Irvine e Rauscher (apud CAVALCANTE, 2004) pesquisadores da Universidade de Wisconsin, alunos que receberam aulas de música apresentavam resultados de 15 a 41% superiores em testes de proporções e frações do que os de outras crianças. Em outra investigação, Schaw verificou que alunos de 2a. série que faziam aulas de piano duas vezes por semana, apresentaram desempenho superior em matemática aos alunos de 4 ª série que não estudavam música.

Enfim, o que se pode concluir a esse respeito é que efetivamente a prática de música, seja pelo aprendizado de um instrumento, seja pela apreciação ativa, potencializa a aprendizagem cognitiva, particularmente no campo do raciocínio lógico, da memória, do espaço e do raciocínio abstrato.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Para neurocientista, ensino musical pode ajudar a diminuir o vácuo acadêmico que existe entre pobres e ricos

Segundo um estudo de mais de duas décadas da Northwestern University, dos Estados Unidos, ensinar música para crianças aumenta a capacidade de comunicação, atenção, memória, leitura e o desempenho acadêmico.

A neurocientista Nina Kraus, líder da pesquisa, acompanha grupos de crianças que fazem parte do Harmony Project, iniciativa sem fins lucrativos que oferece, gratuitamente, instrumentos e instrução para jovens que vivem em áreas de baixa renda, desde que prometam continuar na escola.

Elementos como timbre, tempo e tom facilitam leitura e interpretação de texto
Em artigo publicado neste mês, a pesquisadora apresenta um recorte da pesquisa com algumas das informações colhidas, desde agosto de 2011, com uma turma de 60 alunos, de 6 a 9 anos de idade, em que apenas 29 tinham contato com a música.
Segundo ela, alguns dos principais elementos da música, como o timbre, o tempo e o tom, foram fundamentais para que essas crianças – os 29 – desenvolvessem, mais rápido que as outras, habilidades de leitura, interpretação de texto e comunicação. “Os alunos que estudam música têm muitos benefícios em relação ao desenvolvimento da linguagem, da fala e da memória de trabalho auditiva”, explica Kraus.

Memória de trabalho auditiva é o nome que se dá àquela que é responsável, por exemplo, pelo armazenamento e organização das últimas palavras lidas de um texto e, por consequência, sua interpretação. “Fazer música exercita essa memória. Para afinar um instrumento, por exemplo, é preciso lembrar o som da nota. Para improvisar, é preciso lembrar do tema e do ritmo. Para aprender uma música ‘de ouvido’ é preciso exercitar essa memória que lida com a sequência”, diz.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dar música às crianças


Desde cedo que a música exerce um imenso poder sobre as nossas emoções e sobre os nossos atos. Na barriga da mãe ou no berço um bebê está já a aprender música. As melodias que no inicio ouve, são apenas bater do coração da mãe. Com o passar do tempo, o bebê passa a ligar-se ao exterior. Através da música que o rodeia e das cantigas que a mãe canta. A música é assim já um elo de ligação entre ambos. Estudos mostram que ouvir música clássica durante a gravidez ajudam no desenvolvimento do cérebro do bebê.

Se a música é capaz de transmitir emoções a uma grávida, o mais provável é que o bebé que ela traz dentro da barriga seja contagiado, não só pelos sons, mas também pela sensação de bem estar que esses sons provocam na mãe. O bebê sente-se tranquilo e seguro.

Está provado que os bebês se recordam das músicas e das cantigas que ouviam quando estavam na barriga da mãe. Depois de nascerem os bebês são capazes de se acalmarem ao ouvirem a voz da mãe ou as cantigas e músicas que esta mais ouvia quando ele ainda estava na barriga.

Mais calmos, mais sensíveis, mais inteligentes... Serão provavelmente assim os bebês que, desde cedo, se familiarizarem com a música. Cantar para um bebé é essencial, porque eles precisam e merecem.

São muitas as formas de fazermos música com os nossos os bebês, com canções de embalar, jogos de exploração do espaço, música gravada.


As crianças que crescem em ambientes ricos musicalmente, desenvolvem a aprendizagem e a comunicação mais rapidamente do que as outras crianças. Ao ouvirem música e a cantarem, as crianças aprendem a concentrar-se, e treinam a capacidade de memorização.

Está provado que uma criança que tenha uma boa educação musical tornar-se-á um excelente aluno em diversas áreas, tais como a matemática e o português, e em disciplinas que requeiram criatividade. Desenvolve ainda um carácter mais sólido e o espírito de liderança.



Saber mais em: http://www.ruadireita.com/musica/info/dar-musica-as-criancas/#ixzz2j9TEwbhd

domingo, 27 de outubro de 2013

Musicalização ♪

A música quando utilizada na educação infantil serve de ferramenta incentivadora da criatividade nas crianças, e um fator de desinibição numa convivência coletiva. É muito eficaz no período pré-escolar.
Desde a gestação, as crianças antes de nascerem já possuem uma relação com os sons da voz materna, fase em que se forma a memória sonora nas crianças. Essa memória fetal é responsável por preparar o vínculo entre mãe e filho depois do corte do cordão umbilical. Depois do nascimento, as músicas que acalentam e embalam o sono do bebê fortalecem a memória sonora nos pequenos e a relação com a mãe.
Já no período pré-escolar, na creche e nas escolinhas, as canções de ninar ajudam a aproximar as crianças do educador. As brincadeiras com palmas, rodas e cirandas ajudam no desenvolvimento da percepção e atenção da criança desde cedo.
O ambiente escolar para a criança deve estar repleto de repertórios musicais, principalmente com os sons da natureza e a relação de entendimento entre o barulho e o silêncio, elementos diferenciadores no entendimento de uma música verdadeira.
Dentre os estilos de músicas empregados na educação infantil, podemos citar:

• Músicas para aconchego: São as canções de ninar cantadas pelos pais, ajudam a estreitar a relação familiar e podem ser utilizadas nas creches;

• Cantigas de roda: As brincadeiras realizadas com músicas de roda auxiliam no desenvolvimento de movimentos, na oralidade e na iniciação musical escolar;

• Ritmos africanos: Incentiva as crianças a tocar instrumentos e a dançar ao som de ritmos africanos, ajuda na identificação do som com a expressão artística cultural;

É necessário sempre diversificar os repertórios pré-escolares, as crianças gostam de ter contato com diferente estilos musicais. As danças e rodopios é um bom exercício físico e ajuda no desenvolvimento da fala.
A música na Educação Infantil deve ser uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e momento feliz para a criança. Cada momento musical deve incentivar ações, comportamento motores e gestuais. Entendemos a musicalidade como uma tendência que leva o ser humano para a música, quanto maior a musicalidade e mais cedo a mesma é incentivada no indivíduo, mais rápido será seu desenvolvimento.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Porque razão e a música são tão importante?

Existe uma indesmentível e forte correlação entre a educação da música e o desenvolvimento das habilitações que as crianças necessitam para se tornarem bem sucedidas na vida. Autodisciplina, paciência, sensibilidade, coordenação, e a capacidade de memorização e de concentração são valorizadas com o estudo da música. Estas qualidades acompanharão os seus filhos ou filhas em qualquer caminho que escolham para a sua vida. A aprendizagem da música pode ter uma influência na formação das crianças que é apenas secundada pelo amor dos pais. Se procura de uma forma de proporcionar aos seus filhos e filhas uma fonte de alegria, bem-estar e realização pessoal, a aprendizagem de música para bebés e crianças é um excelente primeiro passo.

A música na vida das pessoas ♫

A música tanto ajuda no nosso desenvolvimento intelectual como no estímulo a criatividade e também na possibilidade de expressar nossos diversos sentimentos por meio dos sons. Ao mesmo tempo em que as pessoas procuram música como uma profissão, outras procuram ela como um refúgio; pois expressando os nossos sentimentos através dos sons relaxamos o corpo e alma sentindo uma grande satisfação por fazer algo para nós mesmos, e isso faz com que no dia a dia tudo o que fazemos fique melhor. Muitos aprendem música como terapia, pois sabem e podem perceber o quanto ela nos traz paz e faz lembrar todos aqueles bons momentos e nos envolve com amigos e família, seja em nossa casa em uma festa ou ate mesmo louvando a Deus.
De alguma forma a música, nos ajuda a sentir aquela sensação de realização a cada música executada por nossos dedos, isso de certa forma aumenta muito nossa auto-estima e desencadeia um sensação de animo em nosso cérebro e em nosso ser, pois aciona o nosso raciocínio de uma forma mais confortável e não estressante, mas de uma maneira que possamos desenvolver nossas atividades e compromissos mais cheios de esperanças e com segurança de que vamos realizar nossos ideais!
A música é reconhecida por muitos pesquisadores como uma espécie de modalidade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporcionando um estado agradável de bem-estar,facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio,em especial em questões reflexivas voltadas para o pensamento filosófico.